ALCINO NOGUEIRA

Nasceu em Castelo (Espírito Santo) em 1923, filho de Alberto Nogueira (falecido) e de Luzia Gomes Nogueira..
Em 1944, ainda jovem, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde exerceu o magistério.
Foi diretor e professor da Escola Paraguaçu, no bairro de Osvaldo Cruz, naquela cidade.
Jornalista, em 1969, vem para Brasília, empregando-se no “Correio Brasiliense”.
Em 1970, é admitido no Centro Gráfico do Senado Federal, por concurso da prova pública, exercendo depois o cargo de Técnico em Comunicação Social.
Casado com Nilza Rodrigues Nogueira, com quem teve filhos.

ANTOLOGIA DE POETAS DE BRASÍLIA.   Rio de Janeiro, DF: Shogun Editora e Arte Ltda, 1985.  140 p.  Coordenação editorial: Christina  Oiticica.

[Este exemplar foi doado por Carlos Edmundo da Silva Arnt, que tem seu poema na p. 27, para a biblioteca da Caixa Econômica, de Brasília, em 1985. A empresa se desfez do acervo e este exemplar foi para a livraria “sebo” de nosso amigo José Jorge Leite de Brito, que por sua vez nos doou um lote de livros para ajudar na montagem de nosso Portal de Poesia Ibero-americana, em 2021. A editora explicava: “Se você é um autor novo e quer editar seu trabalho, fale com a gente.”, na intenção de promover a criação literária entre os jovens. ]

DESILUSÃO

Oh! meu Deus, não suporto, não posso mais,
Neste mundo satânico, tanta insânia ver.
Oh! meu Deus, por muito forte, mesmo audaz,
É difícil ao coração resistir a ingratidão de um ser.

Dá pena dessa juventude de tantos talentos,
Desses moços como que expostos aos ventos...
Não sabendo que caminho, que rumo seguir...
São como estrelas caídas, sem vida para reluzir...

Oh! meu Deus, como pode um pobre moço,
Neste mundo de incertezas e tanta hipocrisia,
Ter rumo certo com os queixumes que tanto ouço.

Que triste fim terá este velho mundo,
Se os que o lideram com tanta mestria
Não se despertarem do letárgico sono profundo!

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Página publicada em fevereiro de 2021